Ir à Disney não tem ciência nenhuma! Só consigo pensar numa palavra quando penso no que é suposto fazer por lá, que é…Diversão! E é mesmo isso. A Disney é para ser encarada como um dia sem preocupações turísticas, próprias da cidade de Paris, e para ser desfrutada ao máximo. Seja com crianças ou mesmo sem elas.
Apesar de a Disney ser estruturada para crianças a sensação com que fiquei do dia que por lá passei é que há crianças e crianças. Ou seja, é importante ponderar bem a idade da criança antes de pensar levá-la à Disney. E isto não tem a ver com as diversões que lá estão, porque essas estão mais que viradas para crianças de todas as idades. O problema é que Disney também é sinónimo de confusão, multidões, filas que não têm fim, tempos de espera em todo o lado, calor/frio em excesso (depende da altura do ano), muitas caminhadas e choro de criança em toda a parte.
Ok, a Disney não é pesadelo (longe disso), mas pode sê-lo se tentarmos visitá-la num curtíssimo espaço de tempo, com uma criança pequena e tentando experimentar o máximo de diversões possíveis. Não dá muito bom resultado. O ideal é visitar com tempo, se está a pensar levar crianças pequenas, ou encurtar a estadia, se a criança já for grandinha (ou mesmo adolescente) ou se for sem crianças.
A Disneyland cobre uma área enorme (2000 hectares) nos arredores de Paris e não é formada só pelos parques temáticos. No interior do Resort também existem sete hotéis (uns mais caros que outros 🙂 ), um centro comercial, restaurantes, parque de campismo, campo de patinagem no gelo, lagos, centros de congressos e um campo de golfe.
Os parques temáticos são dois e são o centro das atenções, fazendo as delicias dos visitantes. O parque mais conhecido é o Disneyland Park e o outro, mais recente, é o Walt Disney Studios Park. O primeiro está mais parecido com a DisneyWorld da Califórnia e as diversões (42 no total) transportam-nos para os contos de fadas da Walt Disney. Já o segundo, está mais virado para exposições interactivas, espectáculos ao vivo e o mundo por detrás do cinema Disney.
Quando fui à Disney ela estava a comemorar os seus 20 anos e então isso fez com que criassem um monte de promoções, decorações, espectáculos e merchandising novos. O que deu para fugir ao tradicional cor-de-rosa da princesa X e Y na altura de comprar as lembranças. Os tons azul petróleo e prateado com o Mickey vestido a rigor foram as cores predominantes e eu achei lindo lindo mesmo! A enorme loja “World of Disney” também tinha acabado de estrear, por isso foi ouro sobre azul! 🙂
Mergulhando mais nos parques temáticos, eu comecei o dia pelo Walt Disney Studios Park, tendo em mente fazer umas diversões mais interessantes e fui logo para o outro parque. Não ia muito com o espírito de assistir a vídeos do backstage da Disney, até porque só tinha um dia para ver tudo.
Acabei por perder imenso tempo na fila para a “Tartaruga” (que foi radical ao ponto de segurar os óculos como se segurasse a vida) e por isso não experimentei mais nada de diversões. Tirei umas fotos com os “Monstros e Companhia” e junto aos edifícios da época de 1930. Fiquei resignada que não ia dar para mais.
Mas neste parque ainda destaco diversões como o “Tapete Voador do Aladino” e a “Toy Story Playland” para os mais novos; a “Torre do Terror” para os mais destemidos (com uma queda-livre alucinante); e toda a parte de produção de filmes para os mais interessados e curiosos, como a “Art of Disney Animation” (relata a história dos desenhos animados), “Animagique” (os melhores momentos da Disney), “Walt Disney Television Studios” (processo de produção televisiva e cinematográfica), Armageddon Special Effects (segredos dos efeitos especiais usados em cinema).
O Disneyland Park já encaixa mais na maneira como sempre imaginámos que a Disneyland seria e por isso achamos tudo perfeito e lindo. Este parque está dividido em 5 zonas e tem taaaantas diversões que se torna dificil falar de todas. É mais uma questão de gostos e aliar o tempo que se tem no parque para experimentar o que mais gosta.
A zona “Main Street” fica logo assim que se entra no Parque e é a recriação de uma pequena vila norte-americana. É uma zona de passagem para a maioria, mas é aqui que se encontra a entrada para o comboio que dá a volta ao Parque e também muitas lojas e restaurantes. Também é daqui que inicia a Parada com os personagens da Disney na parte da tarde.
Ao fundo da “Main Street” começa a zona “Fantasyland” que, como o próprio nome indica está toda ela relacionada com as histórias de príncipes e princesas que nos acompanharam na infância. Tem o castelo da Bela Adormecida, a casa da Branca de Neve e dos Sete Anões, a casa do Pinóquio, o voo do Peter Pan, o Labirinto da Alice no País das Maravilhas, e por aí fora…
O “Frontierland” foi feito a pensar no Far West americano. E nesta zona não falta uma montanha russa bem ao estilo mineiro, a “Big Thunder Mountain”. Esta montanha russa foi feita no meio de um enorme lago e está cheia de pormenores surpresa (como o som de tiros e a passagem pela água). Ao lado da montanha-russa está a casa assombrada “Phantom Manor” que nos leva numa viagem muito “interessante” a conhecer a história triste de uma noiva que morreu no dia do casamento (os efeitos especiais são espectaculares).
Outra zona é a “Adventureland” que tem como diversões a Montanha russa da Indiana Jones (esta beeeem mais radical), o barco dos Piratas das Caraíbas, a Passagem Encantada do Aladino, a ponte suspensa, entre outras que não visitei.
Por fim, a Discoveryland está mais virada para a ficção-científica e a vida no futuro, com atracções como a montanha-russa “Space Mountain”, o Submarino do Capitão Nemo, entre outras menos conhecidas sempre com muitas naves espaciais e vaivéns espaciais. Esta zona já não tive tempo de visitar e também não faz muito o meu estilo, daí ter falado que com pouco tempo temos de definir prioridades.
Para comemorar os 20 anos, a Disney criou um espectáculo de projecção de video no Castelo da Bela Adormecida, acompanhado de fogo-de-artificio, que eu só tenho pena de não ter regressado mais cedo do jantar para escolher um lugar mais à frente.
Deslocações:
Os acessos para a Disney são por comboio, e como ela fica na zona 5, acaba por compensar comprar o pass até à zona 5 se está hospedado em Paris e quer ir à Disney. A Disney fica na última paragem do comboio e a estação está logo à entrada dos parques. Muito fácil! A viagem desde o centro de Paris demora 1hora.
Horário:
Os horários de abertura variam imenso dependendo da altura do ano, dia da semana e entre parques. De maneira que é sempre bom consultar o site oficial da Disneyland Paris na hora de escolher qual a altura do ano ou os dias da semana em que pretende fazer a visita.
Quando visitar:
Os meus conselhos é que tente evitar as alturas de maior calor ou frio e também os fins-de-semana. Se a temperatura estiver amena conseguirá desfrutar muito mais do parque por razões óbvias e isto é válido para quase todos os sítios que visitamos. Os fins-de-semana, apesar de serem os dias em que os parques fecham mais tarde, acabam por não compensar a visita porque a multidão será enorme, consequentemente as filas para as diversões durarão horas, e no final do dia teremos a sensação que ficou muita coisa por fazer. Falo por experiência própria!
Duração da visita:
Idealmente, o tempo que deveríamos passar na Disney para poder desfrutar de tudo o que ela tem para dar seria 3 ou 4 dias. No entanto, a realidade é que a Disney muitas vezes é encaixada no meio de visitas à cidade de Paris, em que o mais importante é conhecer a cidade do que passar dias a fio na Disney. Então, se a intenção é dispensar só 1 ou 2 dias pela Disney é bom não levar as expectativas de que será possível ver/fazer quase tudo e também levar em consideração as minhas dicas anteriores dos dias ideais para a visitar (esquecer os fins-de-semana).
Bilhetes:
Os bilhetes comprei-os no mesmo site em que comprei todos os outros bilhetes para circular/visitar por Paris, o qual já dei o link neste Post. Também se pode optar por comprar directamente no site oficial da DisneyLand Paris ou nas bilheteiras do Parque (esta última opção terá muitas filas). Existem várias possibilidades de bilhetes: para além da possibilidade da escolha do número de dias da visita, também pode escolher se pretende visitar os dois parques temáticos ou só um deles. Para além disso também encontrará as habituais promoções relativas à idade e as ocasionais, que na altura que fui era a seguinte: na compra de 3 ou 4 dias, um dia era oferecido. Também poderá haver outras promoções ocasionais direccionadas para quem fica hospedado nos hotéis Disney.
Hotéis Disney:
Esta é uma possibilidade a considerar muito bem e depende do tipo de experiência que pretende ter na Disney. Uma coisa é certa: só compensa se ficar mais do que um dia pelos Parques. Cada Hotel tem um tema, que vai desde o Far West, cabana de caçadores, marinheiros, hotel de negócios, e a jóia da coroa de todos os hotéis, o Disneyland Hotel (com montes de pormenores encantadores e personagens Disney por todo o lado).
As vantagens de ficar em hotéis Disney são o transporte grátis para todos os pontos do Resort (não só os Parques), a convivência diária com personagens Disney dentro do Hotel, a possibilidade de escolher um tema que faz parte do imaginário (e ter uma experiência Disney 24h), a fácil acessibilidade aos Parques (demora 15 minutos no máximo a chegar a eles).
A única desvantagem para mim é o preço (altíssimo!!!) mesmo no hotel mais barato. E este sobe até ao mais caro de todos, o Disneyland Hotel, que tem uma diária acima do ordenado mínimo nacional. Só vejo mesmo esta desvantagem mas para mim pesa baastante na hora de decidir ficar pela Disney. Mais ainda pensando que tem opções de hotéis nas redondezas do Resort com preços beeem mais acessíveis. Isto se realmente quiser ficar pela Disney vários dias.
Então há que pesar bem as opções na hora de decidir o que fazer. Se quer uma experiência mais autêntica ou se usufruir dos Parques sem ir à falência já é bom o bastante. 🙂
Onde comer:
Na matéria do que comer o que não faltam são restaurantes para todos os gostos e carteiras por toda a parte. No interior dos Parques encontra os restaurantes mais temáticos e exclusivos (por isso, mais caros), mas à saída dos parques tem uma zona de restauração enorme ao lado da loja World of Disney que já tem preços mais acessíveis e maior variedade.